Leonardo Santos Bordoni (1),
Ana Paula Silva Gontijo (2),
Bianca Dias Rangel (2),
Polyanna Helena Coelho Bordoni (3)
(1) Instituto Médico Legal de Belo Horizonte, MG, Brasil
(2) Faculdade de Medicina de Barbacena/FAME, MG, Brasil
(3) Posto Médico Lega de Ribeirão das Neves, MG, Brasil Contato: cel:(037) 998051919
E- mail: apsgontijo@gmail.com Av. Primeiro de Junho, 420, sala 1005, centro – Divinópolis Cep: 35500-002
INTRODUÇÃO: O aneurisma de aorta abdominal é a terceira causa de morte súbita em homens acima de 65 anos no Estados Unidos, sendo que no Brasil não há dados da real incidência desses aneurismas. Na região de Belo Horizonte há 1006 mortes que incluem aneurisma de Aorta e dissecção de Aorta entre o período de 2006 a 2011. Os pacientes que sofrem ruptura de aneurisma de aorta abdominal são pacientes criticamente doentes. Problemática: O choque hemorrágico por aneurisma de aorta abdominal pode advir subitamente quando roto, evoluindo para óbito em 24 horas, em quase 100% dos casos sem tratamento adequado. Trata-se de uma doença de difícil identificação, devido ao baixo percentual de autopsias realizadas na maioria dos países e à limitação da informação obtida no atestado de óbito, surgem então, a necessidade de expandir as pesquisas sobre o assunto.
METODOLOGIA: Foi realizado um estudo do tipo transversal no qual foram avaliados os óbitos decorrentes de rotura de aorta abdominal necropsiados no Instituto Médico-Legal de Belo Horizonte (IML/BH) no período de 2006 e 2011. Os óbitos selecionados foram aqueles cuja morte decorreu diretamente da rotura de aneurisma de aorta abdominal.
MARCO CONCEITUAL: Grande parcela dos indivíduos que têm esta afecção como causa de morte, não são diagnosticados em vida, devido à presença de sinais e sintomas inespecíficos, tornando a perícia de estrema importância para diagnóstico e dados epidemiológico.
RESULTADOS: Somente 40 laudos foram coletados referentes a vítimas fatais de ruptura de aneurisma de aorta abdominal. A predominância foi de vítimas do sexo masculino, brancas, com idade igual ou superior a 60 na os de idade, solteiras. A maioria procedeu de unidade de saúde e recebeu atendimento médico, mas a minoria apresentou sinais de realização de procedimento médico.
CONCLUSÃO: Como limitações do estudo ressalta-se que a extrapolação das conclusões deve ser vista com critério pois os dados foram obtidos de uma região específica; que apesar dos IML serem órgãos estaduais, existem particularidades administrativas envolvendo o funcionamento destes institutos nos diferentes estados brasileiros que podem influir no acesso aos dados.
REFERÊNCIAS:
BRAUNWALD ,E.Tratado de Medicina Cardiovascular.5ªedição.São Paulo: Roca 1999. V.2; Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº196 de 10 de Outubro de 1996.; SERRANO,V.; TIMERMAN, A.; STEFANINI, E. (2005)Tratado de Cardiologia. 2 º edição.São Paulo: Manole 2009. V.2; BRICOLA SAPC. Avaliação dos fatores associados a tromboembolismo pulmonar (TEP), em uma série de autópsias e dez anos. São Paulo 2009.