Sem categoria

PERFIL DA MORTALIDADE POR ASFIXIAS NO INSTITUTO MÉDICO LEGAL ESTÁCIO DE LIMA EM MACEIÓ – ALAGOAS

Marcus Vinícius de Acevedo Garcia Gomes (1)

Maria Luisa Duarte (2)

Mariana Barros Silva (3)

1. Graduando do Curso de Medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL), Maceió, AL, Brasil. Participante do Grupo de Pesquisa do CNPq – Núcleo Integrado de Pesquisas em Ciências Humanas e Sociais na Saúde. Endereço: Av. Álvaro Otacílio, nº 3731, Cond. JTR, Edf. Brasil, Ap. 902, Ponta Verde – Maceió/AL, CEP: 57035-180. Fone: (82) 98843-7332. Email: marcusvacevedo@gmail.com

2. Doutora em Patologia pela Universidade Federal Fluminense – Niterói / Rio de Janeiro (UFF/RJ), Especialista em Medicina Legal pela Sociedade Brasileira de Medicina Legal/AMB. Docente (Professora Adjunta) do Curso de Bacharelado em Medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde em Alagoas (UNCISAL), Maceió, AL, Brasil. (Orientadora da Pesquisa). Líder do Grupo de Pesquisa do CNPq – Núcleo Integrado de Pesquisas em Ciências Humanas e Sociais na Saúde. Endereço: Lot. Jd. Petrópolis II-E, nº 55, QC3, Santa Amélia – Maceió/AL, CEP: 57063-226. Fone: (82) 99972- 5571. Email: maraluduarte@uol.com.br

3. Graduanda do Curso de Medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL), Maceió, AL, Brasil. Participante do Grupo de Pesquisa do CNPq – Núcleo Integrado de Pesquisas em Ciências Humanas e Sociais na Saúde. Endereço: R. Marechal Antônio Guedes Muniz, nº 47, Edifício Aruba, Apt. 503, Jatiúca – Maceió-AL, CEP: 57036670. Fone: 998017155 Email: maribarrosmed@gmail.com

As mortes por asfixia podem ser decorrentes de enforcamento, estrangulamento, esganadura, afogamento, sufocação, soterramento ou devido a gases irrespiráveis ¹. A quantidade de homicídios, suicídios e acidentes correlacionados às asfixias tende a ser considerado elevado na população em geral, destacando-se como uma das principais causas de êxito letal. Em âmbito nacional, as asfixias têm sido responsáveis por dois terços dos suicídios, sendo destacado o enforcamento, o estrangulamento e a sufocação2 . Ainda, a ocorrência de óbito por afogamento constitui a segunda principal causa de morte por acidente da população jovem 3 , e que cidades litorâneas possuem incidência maior que a nacional4 . Observa-se carência de informações científicas referentes ao Estado de Alagoas, fato que associado ao slogan “Alagoas: o paraíso das águas” incitou o desenvolvimento desta pesquisa. O presente trabalho levantou dados epidemiológicos acerca de tais mortes e contextualizou com os achados presentes na literatura. Sendo de natureza observacional, retrospectiva e descritiva analítica, utilizou como fonte de pesquisa os laudos cadavéricos do arquivo do Instituto Médico Legal Estácio de Lima em Maceió – Alagoas, no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2015. Diante dos dados coletados, constatou-se o padrão de ocorrência de cada tipo de asfixia na população alagoana, com o intuito de tornar possível a elaboração de políticas públicas mais adequadas à realidade do Estado. No levantamento dos cinco anos, foram computadas 549 mortes por asfixia, sendo a maioria por afogamento (48,6%), seguida por enforcamento (29,1%), sufocação (14%), estrangulamento (5,2%), soterramento (1,1%), gases irrespiráveis (1,1%) e esganadura (0,5%). Concluímos que assim como em outras cidades e estados litorâneos, Alagoas também possui grande parcela de mortes por afogamento, indicando que há necessidade de implantação tanto de medidas de segurança pública como campanhas de conscientização da população.

REFERÊNCIAS:

1. FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina legal. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

2. MACHADO, Daiane Borges; SANTOS, Darci Neves dos. Suicídio no Brasil, de 2000 a 2012. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, Rio de Janeiro, p. 45-54, 2015.

3. MARTINS, Christine Baccarat de Godoy; MELLO-JORGE, Maria Helena Prado. Circunstâncias e fatores associados às mortes por causas acidentais entre crianças, adolescentes e jovens em Cuiabá, Brasil. Revista Paulista de Medicina, São Paulo, v. 131, n.4, p. 228-237, 2013.

4. SEGUNDO, Arnildo de Santana Só; SAMPAIO, Márcio Cardoso. Perfil epidemiológico dos afogamentos em praias de Salvador, Bahia, 2012. Revista Epidemiologia e Serviços de Saúde, Brasília, v. 24, n.1, p. 31-38, jan-mar 2015.


Referências bibliográficas