PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS VÍTIMAS DE MORTE VIOLENTA NA GRANDE CUIABÁ

Maristela da Silva Andreoni (1),

André Sankiti Koike (2),

Andréa Guimarães Colucci (3),

Renato Cavalcante Gomes (4),

Ageo Mário Cândido Silva (5)

Paulo Luiz Batista Nogueira (6)

1 – Maristela da Silva Andreoni. Perita oficial médica legista. Instituto Médico Legal Agrícola Paes de Barros – MT, IML-MT, Brasil. (65) 3613-1255 maristela.andreoni@gmail.com

2 – André Sankiti Koike. Acadêmico de medicina do Centro Universitário de Várzea Grande – UNIVAG. . Av. Dom Orlando Chaves, 2655 – Cristo Rei, Várzea Grande – MT. (67) 99292-2614. sankiti@hotmail.com

3 – Andréa Guimarães Colucci. Acadêmica de medicina do Centro Universitário de Várzea Grande – UNIVAG. Av.Manoel José de Arruda, 2555, apto 1705 – Grande Terceiro, Cuiabá – MT. (66) 99939-4960. colucci.andrea@hotmail.com

4 – Renato Cavalcante Gomes. Acadêmico de medicina do Centro Universitário de Várzea Grande – UNIVAG. Av. Dom Orlando Chaves, 2655 – Cristo Rei, Várzea Grande – MT. (67) 99198-1573. renatocgomes@hotmail.com

5 – Ageo Mário Cândido Silva. Doutor em Saúde Pública e Meio Ambiente. Professor Adjunto da Universidade Federal de Mato Grosso, Brasil. Instituto de Saúde Coletiva, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cuiabá, MT, Brasil. (65) 99924-1994. ageoms@gmail.com

6 – Paulo Luiz Batista Nogueira. Mestre em Cirurgia, nutrição e metabolismo. Coordenador do curso de medicina do Centro Universitário de Várzea Grande – UNIVAG. Av. Dom Orlando Chaves, 2655 – Cristo Rei, Várzea Grande – MT. (65) 3688-6007. coordenacao.medicina@univag.edu.br

 

INTRODUÇÃO: A crescente violência que assola os centros urbanos em nosso país constitui um grande desafio para o setor de segurança pública. As causas externas são responsáveis pela terceira causa de óbito na população brasileira e estes eventos vêm incrementando as taxas de mortalidade desde a década de 1980 (1). O objetivo desse trabalho foi identificar as características demográficas e peculiares das vítimas de morte violenta atendidas no Instituto Médico Legal (IML), em Cuiabá e região, no estado de Mato Grosso.

METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo do tipo transversal onde foram coletados dados de 486 prontuários de necropsia de vítimas de morte violenta, que ocorreram entre janeiro e agosto de 2014. Os dados foram inseridos no programa Epi-Info 2000 versão 3.5.1 e posteriormente foram realizadas análises descritiva, bivariada e múltipla através dos programas estatísticos Epi-InfoTM7 e SPSS for Windows versão 18.0.

MARCO CONCEITUAL: Dentre as mortes por causas externas, os homicídios e os acidentes de trânsito apresentaram, no ano de 2003, as maiores taxas de morte por 100 mil habitantes, sendo 28,9 e 19,0 respectivamente (2). Fatores como o tráfico de drogas, o desemprego e a ineficiência judiciária, contribuem para a delinqüência e a violência (2,3).

RESULTADOS: Os dados mostram que as mortes violentas ocorreram majoritariamente entre os homens com idade entre 20-49 anos e de cútis parda. O local de ocorrência foi a via pública predominantemente, a energia mecânica foi a maior causadora das mortes, sendo ação contundente a mais prevalente. Quanto à causa mortis houve preponderância de mortes por traumatismo crânio encefálico e choque hipovolêmico.

CONCLUSÃO: A violência urbana é um grave problema social, cujo manejo impõe a criação de mecanismos de gestão intersetoriais e políticas públicas integradas. A coleta de dados junto aos Institutos de Medicina Legal é fundamental para a obtenção de informações que retratem a realidade do problema, fornecendo subsídios para fomentar discussões e implementar estratégias em segurança pública que sejam eficazes para o enfrentamento da violência.

REFERÊNCIAS

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Análise de morte violenta segundo raça/cor: acidentes por transporte terrestre e análise da tendência da morte violenta: acidentes por transporte terrestre. In: Ministério da Saúde. Saúde Brasil. 2005, Brasília: MS. 2. SOUZA, E.R.; LIMA, M.L.C. Panorama da violência urbana no Brasil e suas capitais. Ciência & Saúde Coletiva, v. 11, p.1211-1222, 2007. 3. LIMA, M.L.C, et al. Análise espacial dos determinantes socioeconômicos dos homicídios no Estado de Pernambuco. Revista de Saúde Pública, v.39, p. 176-81, 2005.


Referências bibliográficas