PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ÓBITOS POR AFOGAMENTO NO ESTADO DE SERGIPE

Gabriela Gomes Moura de Oliveira (2),

Danilo Rabelo (1),

Flávio Mateus do Sacramento (3),

Lucas Leal Varjão (3),

Vítor Joaquim Barreto Fontes (3),

Maiane Cássia de Castro Vasconcelos (3),

Maria Bernadete Galrão de Almeida Figueiredo (5),

Sonia Oliveira Lima (6).

 

1. Acadêmico de graduação do curso de Medicina da Faculdade de Tecnologia e Ciência – FTC, Salvador/BA, Brasil

2. Acadêmicos de graduação do curso de Medicina da Universidade Tiradentes – UNIT, Aracaju/SE, Brasil.

3. Acadêmico de graduação do curso de Medicina da Universidade Federal – UFS, Aracaju/SE, Brasil

4. Médico residente do Hospital Cirurgia, Aracaju/SE, Brasil

5. Médica, mestre em saúde ambiente, professora habilidades cirúrgicas da Universidades Tiradentes/UNIT, Aracaju/SE, Brasil   

6. Orientadora, Doutora/ Professora Departamento de Medicina Membro permanente do Mestrado e Doutorado do Programa Saúde e Ambiente, Universidade Tiradentes/UNIT, Aracaju/SE, Brasil.


INTRODUÇÃO: O afogamento é o terceiro evento de morte por causa externa e 40% ocorrem com crianças abaixo de quatro anos de idade, principalmente nas piscinas e banheiras. Entre outras causas, citam-se indivíduo que não sabe nadar, que cansa ou tem câimbras, indivíduo cardiopata que tem infarto, o que usa álcool antes de entrar na água, o epiléptico que tem crise convulsiva na água e o que mergulha em águas rasas1,2,3. Diante desta problemática objetivou-se traçar o perfil epidemiológico das vitimas de mortes por afogamento no estado de Sergipe.

METODOLOGIA: Trata-se de um estudo prospectivo, com dados coletados dos laudos e declaração de óbitos por causas externas, atendidos no Instituto Médico Legal em Aracaju- SE de abril de 2014 a abril de 2015.

RESULTADOS: Foi verificado que das 2.157 mortes violentas em Sergipe, 34 foram por afogamento, destes 30 do sexo masculino e 4 do feminino. Foram acometidos 7 indivíduos da faixa etária de 60 anos ou mais e 6 entre 0 e 9 anos, 28 de etnia parda, 23 indivíduos solteiros e 11 analfabetos. Em relação ao estado ocupacional 11 (32,4%) eram autônomos. O local de ocorrência foi predominante em via pública com 23 (67,6%), sendo 18 (52,9%) em zona rural e 13 (38,2%) em urbana. Quanto à condição climática no dia do evento, 10 (39,4%) foram observados em tempo seco. De acordo com a mesorregião, houve predomínio de óbitos por afogamento no leste sergipano, de modo que Aracaju apresentou a maior ocorrência, 10 (29,4%). Dos óbitos por afogamento, 28 (82,4%) não tiveram atendimento hospitalar prévio, enquanto que 3 (8,8%) o receberam. Conclusão: Em Sergipe, verificou-se que a população mais acometida pelas mortes por afogamento está nos extremos da faixa etária, sendo crianças e idosos as principais vítimas. As mortes por afogamento são transtornos evitáveis que merecem medidas para prevenir este agravo que causa grande abalo emocional aos familiares das vítimas.

 

REFERÊNCIAS:

1- Araujo RT. Aspectos médicos legais e preventivos dos casos de afogamento na Região de Ribeirão Preto [dissertação]. Ribeirão Preto (SP): Universidade de São Paulo; 2007.

2- International Life Saving Federation. World drowning report. Int J Aquatic Res Educ. 2007 Nov;1(4):381-401.

3- Peden M, McGee K, Sharma K. The Injury Chart Book: A Graphical Overview of the Global Burden of Injuries. Geneva. World Health Organization, 2002.


Referências bibliográficas