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RETRATO DA VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES ATENDIDAS NO IML DE CUIABÁ E REGIÃO

Paulo Luiz Nogueira (1)

Giovanna Lemos Naia (2)

Pedro Henrique Rezende da Fonseca (3)

Rafael Müller Santos (4)

Renan Souza Peaguda (5)

Maristela da Silva Andreoni (6)

 (1) Paulo Luiz Nogueira – mestre em cirurgia, nutrição e metabolismo. Coordenador do curso de medicina do Centro Universitário de Várzea Grande – UNIVAG. Av. Dom Orlando Chaves, nº 2655, Cristo Rei, Várzea Grande – MT. (65) 3688-6007. coordenacao.medicina@univag.edu.br

(2) Giovanna Lemos Naia – acadêmica de medicina do Centro Universitário de Várzea Grande – UNIVAG. Rua Estevão de Mendonça, nº 288, Goiabeiras, Cuiabá – MT. (65) 999261078. gicalemosnaia@hotmail.com

(3) Pedro Henrique Rezende da Fonseca – acadêmico de medicina do Centro Universitário de Várzea Grande – UNIVAG. Av. um, condomínio Villa Univérsia, Várzea Grande – MT. (65) 993066744. pedrorezendefonseca@hotmail.com

(4) Rafael Müller Santos – acadêmico de medicina do Centro Universitário de Várzea Grande – UNIVAG. Travessa Afonso Pena, nº 2170, condomínio Miguel Sutil, Cuiabá – MT. (65) 992393003. rafh_muller@hotmail.com

(5) Renan Souza Peaguda- acadêmico de medicina do Centro Universitário de Várzea Grande – UNIVAG. Rua São Francisco de Assis, n 175, Centro, Várzea Grande – MT. (65) 999813564 renansp88@hotmail.com

(6) Maristela da Silva Andreoni. Médica legista. Professora do Centro Universitário de Várzea Grande – UNIVAG. Av. Dom Orlando Chaves, nº 2655, Cristo Rei, Várzea Grande – MT. (65) 3688-6007. maristela.andreoni@gmail.com

 

INTRODUÇÃO: A violência contra os menores é cada vez mais reconhecida como um grave problema de saúde pública e, com isso cria-se a necessidade de medidas mais eficazes em defesa dos jovens, para assegurar o seu pleno crescimento e desenvolvimento. O objetivo deste trabalho foi reconhecer o perfil das crianças e adolescentes vítimas de violência física atendidas no Instituto Médico Legal de Cuiabá e municípios circunvizinhos entre janeiro a dezembro de 2015. Realizado um levantamento epidemiológico dos dados demográficos e antropológicos dos jovens atendidos no serviço evidenciando o tempo médio entre a agressão e o início do exame de lesão corporal, o grau de parentesco com o agressor.

METODOLOGIA: trata-se de um estudo descritivo de análise de 5.200 prontuários de vítimas de lesão corporal atendidas no IML com idade inferior a 14 anos. Excluiu-se as vítimas com as seguintes condições: que sofreram violência sexual, crianças onde foram solicitados exames cautelares de presos e vítimas de acidente de transito.  As seguintes variáveis foram avaliadas: faixa etária; cor de pele; sexo; estado civil; tempo médio entre a lesão e a busca de atendimento; segmento corporal afetado; resposta aos quesitos oficiais. Os dados foram colhidos pelo programa Epi Info 3.5.1 (CDC, 2008) e analisados no M. Excel® e M. Word®.

MARCO CONCEITUAL: A violência doméstica, também denominada de maus-tratos, pode ser entendida como qualquer ação física, psíquica ou verbal utilizada por indivíduo mais velho, que cause danos a integridade da criança ou adolescente. Considerando o local de ocorrência dos maus tratos, a forma doméstica é a maneira mais frequente de violência praticada contra os menores e, em grande parte, quem agride, são os responsáveis pelo menor.

RESULTADOSOs dados coletados mostram que a idade média das agressões ocorre aos 7,58 anos sendo o gênero feminino, cor parda e o tempo médio entre a agressão e o atendimento no IML de 0 a 6 horas os mais prevalentes. Na grande Cuiabá o agressor mais frequente é considerado como “outros” (amigos, vizinhos, professor, padrasto, madrasta e convivente). Na descrição das lesões, o segmento corporal mais atingido foi a cabeça, por instrumento contundente.

CONCLUSÃO: A violência contra os menores predomina em ambiente domiciliar, etnia parda e idade abaixo de dez anos com dados epidemiológicos semelhantes aos encontrados nos estudos sobre violência contra crianças e adolescentes.

 

BIBLIOGRAFIA

1- BRITO, Ana Maria M. et al. Violência doméstica contra crianças e adolescentes: estudo de um programa de intervenção. Ciênc. saúde coletiva,  Rio de Janeiro ,  v. 10, n. 1, p. 143-149,  Mar.  2005 .

2-OLIVEIRA, Marluce Tavares de et al. Violência intrafamiliar: a experiência dos profissionais de saúde nas Unidades de Saúde da Família de São Joaquim do Monte, Pernambuco. Rev. bras. epidemiol.,  São Paulo ,  v. 15, n. 1, p. 166-178,  Mar.  2012.

3-PINTO JUNIOR, Antônio Augusto; CASSEPP-BORGES, Vicente; SANTOS, Janielly Gonçalves dos. Caracterização da violência doméstica contra crianças e adolescentes e as estratégias interventivas em um município do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.Cad. saúde colet.,  Rio de Janeiro ,  v. 23, n. 2, p. 124-131,  Junho  2015.

4-WEBER, Lidia Natalia Dobrianskyj; VIEZZER, Ana Paula; BRANDENBURG, Olivia Justen. O uso de palmadas e surras como prática educativa. Estud. psicol. (Natal), Natal, v. 9, n. 2, p. 227-237, Agosto.  2004.


Referências bibliográficas