Nívia Abadia Maciel de Melo Matias1; Sara Anieli da Costa Braz Fonseca1; Rafael Faria da Cunha1; Sérgio de Castro Cunha Júnior1; Regina Maura Akemi Utima Brown de Andrade1; Cyntia Gioconda Honorato Sobreira1.
1Perito médico legista do Instituto Médico Legal da Polícia Civil do Distrito Federal (IML-DF). SPO Conjunto A Lote 23 Complexo Polícia Civil – Sudoeste, Brasília – DF. Telefone (61) 32074812. Endereço de e-mail: nimaciel@gmail.com
RESUMO
Introdução: A radiologia forense apresentou uma grande evolução na última década. A introdução da Tomografia Computadorizada Pós-Mortem é prática cada vez mais comum nos grandes centros de estudo e pesquisa forense, evidenciando a inquestionável utilidade do método na identificação de lesões traumáticas. Objetivo: O objetivo da apresentação é partilhar a experiência do Instituto Médico Legal do Distrito Federal com a implantação da Tomografia Computadorizada Pós- Mortem como método complementar às perícias necroscópicas. Método: O Instituto Médico Legal do Distrito Federal possui um aparelho de Tomografia Computadorizada instalado dentro do seu prédio desde novembro de 2017, com a finalidade de auxiliar suas necropsias. Nesse período o Setor de Radiologia foi reestruturado, tendo sido incorporado peritos médicos legistas com a especialidade de radiologia ao setor, bem como realizado investimento em capacitação do corpo médico do Instituto com o curso Virtopsy realizado na Universidade de Zurique, Suíça, em março de 2018. Com a introdução da tomografia foi criado protocolo de estudo tomográfico do corpo inteiro para todos os cadáveres que dão entrado ao IML-DF, antes da realização da necropsia. Marco conceitual: A modernização e evolução da radiologia forense brasileira acompanha a tendência mundial no sentido de introduzir métodos radiológicos complementares ao exame necroscópico convencional. Resultados: A Tomografia Computadorizada se mostrou como excelente método complementar à necropsia, auxiliando na detecção de causa da morte, por diferentes instrumentos ou meios. No curto período de realização conjunta da Tomografia e necropsia aberta foi evidenciada a elevação da qualidade dos laudos cadavéricos, sobretudo pela possibilidade de documentação das lesões de forma mais didática através de reconstruções 3D. Conclusão: A incorporação da Tomografia Computadorizada à rotina dos serviços de patologia forense indica a evolução da medicina legal no sentido de unir os conhecimentos da patologia e radiologia e melhorar cada vez as investigações médico legais.
Referências bibliográficas
- PATRICIA, M. F. et al. Times Have Changed! Forensic Radiology – A New Challenge for Radiology and Forensic Pathology. AJR, 202, W325- W334, April, 2014.
- THOMAS, D. R. et al. Virtual autopsy. Forensic Sci Med Pathol, June, 2013.