Resumos

VIRTÓPSIA – AVANÇOS TECNOLÓGICOS APLICADOS À MEDICINA LEGAL E PERÍCIAS MÉDICAS

Nilton Tellian (1)
Denis Reis Morais (2)
Juliana Takitane (3)

1 Pós-graduando em Medicina Legal e Perícias Médicas, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Avenida Doutor Arnaldo, 455 – Bairro Cerqueira César. CEP: 01246-903, São Paulo-SP, Brasil. Telefone: 2229-6106. E-mail: niltontellian@globo.com

2 Graduado em Farmácia e Mestre em Ciências da Saúde. Graduando em medicina pela Escola de Medicina da Universidade Anhembi Morumbi, Rua Doutor Almeida Lima, 1134 – Parque da Mooca. CEP: 03164-000 São Paulo-SP, Brasil. Telefone: (11) 97206-2772: E-mail: denisreis_morais@yahoo.com.br

3 Doutora, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Avenida Doutor Arnaldo, 455 – Bairro Cerqueira César. CEP: 01246-903, São Paulo-SP, Brasil. Telefone: (11) 3061-8414. E-mail: julianatakitane@gmail.com

Os avanços tecnológicos são frutos da aliança entre a ciência e técnica e sua evolução resultou no aprimoramento técnico-científico, metodológico e conclusivo dos procedimentos periciais. O principal objetivo deste estudo foi avaliar a literatura existente em relação aos avanços da tecnologia aplicada à Medicina Legal e Perícias Médicas, principalmente a contribuição da radiologia forense. Foi realizada uma revisão bibliográfica acerca do tema proposto, buscando principalmente as vantagens relacionadas aos progressos tecnológicos aplicados à Medicina Legal e Perícias Médicas. Os critérios de inclusão foram os artigos disponibilizados gratuitamente na íntegra, publicados entre os anos de 2000 e 2019. Foram excluídos aqueles que apresentavam idioma diferente do português ou inglês. As bases de dados utilizadas foram Scielo, Medline, PubMed, Lilacs e biblioteca digital e os descritores, combinados entre si ou não, foram: ciência forense, radiologia forense, autópsia, autópsia digital, virtópsia, medicina legal, perícias médicas. A virtópsia, ou autópsia virtual, contribuiu na última década com substanciais avanços na área da medicina forense. Aplica-se à tecnologia radiológica, como Tomografia Computadorizada post mortem; à Ressonância Magnética post mortem; à Angiotomografia Computadorizada post mortem e à Angiorressonância Magnética post mortem, com objetivo de auxiliar as técnicas necroscópicas, um conjunto de dados que, processados e reunidos, nos permitem obter informações valiosas que colaboram no processo técnico necroscópico e investigativo criminal. A radiologia aplicada à Medicina Legal e a Perícias Médicas, e principalmente nos procedimentos necroscópicos, vem colaborando para elucidar patologias, eventos traumáticos, assim como detalhar tridimensionalmente os efeitos balísticos nas vítimas de disparos de armas de fogo, o estudo de causas mortis, situações de violência (colheita de vestígios; diagnóstico diferencial entre uma etiologia criminosa, acidental ou natural; definição das consequências temporárias e permanentes para a vítima de um traumatismo), a avaliação do estado de toxicodependência, a determinação do sexo, a identificação de corpos, a determinação da imputabilidade, o estudo da filiação, a pesquisa de drogas de abuso ou outros tóxicos em amostras biológicas, entre outros.

 


Referências bibliográficas

REFERÊNCIAS

1.Chevallier C., Doenz F, Vaucher P, Palmiere C, Dominguez A, Binaghi S et al. Postmortem computed tomography angiography vs. conventional autopsy: Advantages and inconveniences of each method. Intern J Legal Med. 2013:127; p981-989.

2.Bolliger SA, Thali MJ, Ross S, Buck U, Naether S, Vock P. Virtual autopsy using imaging: bridging radiologic and forensic sciences. A review of the Virtopsy and similar projects. Eur Radiol. 2008:18(2); p273-3282.

Burto, JL, Underwood, J. Clinical, educational, and epidemiological value of autopsy. Lancet. 2007:369; p.1471-1480.

3.Thali MJ, Yen K, Schweitzer W, Vock P, Boesch C, Ozdoba C, et al. Virtopsy, a new imaging horizon in forensic pathology: virtual autopsy by postmortem multislice computed tomography (MSCT) and magnetic resonance imaging (MRI) – a feasibility study. J For Scienc. 2003:48; p386-403.