Os autores informam não haver conflito de interesse.
Olga Fernandes Marques (1)
Maria Victoria de Morais Born Ribeiro (1)
Aída Maria Ferrario de Carvalho Rocha Lobo (1)
Izis Karoliny Ferreira Vieira (1)
Rodrigo Montenegro de Pereira Campos (1)
Gerson Odilon Pereira (1)
(1) Centro Universitário Tiradentes – UNIT. Maceió, AL.
e-mail: olga_fm@hotmail.com
INTRODUÇÃO
O ano de 2020 foi tomado pelo aparecimento de uma pandemia causada por um vírus (SARS-CoV-2). As transformações foram inevitáveis e, o Brasil teve que se adequar as medidas de isolamento impostas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o que culminou na suspensão temporária das atividades escolares de crianças e adolescentes, pois, já é sabido que nas escolas, principalmente, na faixa etária dos escolares e pré-escolares existe alta disseminação de patologias virais em virtude do compartilhamento de objetos pessoais e do contato entre os indivíduos. Dessa forma, as crianças ficaram nos seus lares e, em virtude disso, o objetivo desse estudo foi investigar o (s) motivo (s) do aumento dos casos de violência doméstica contra a criança.
MÉTODO
Tratou-se de uma revisão bibliográfica nas plataformas PubMed, Medline, Scielo e Biblioteca Cochrane, com os descritores “child”, “coronavirus infections”, “domestic violence”, e uso do operador booleano “AND”, no ano de 2020. Um total de 41 artigos foram encontrados, sendo lidos título e resumo, totalizando 6 artigos que foram analisados na totalidade.
RESULTADOS
Gelder e colaboradores (1) afirmam que o isolamento associado aos estressores psicológicos e econômicos, bem como a fuga, a partir do consumo excessivo de álcool, podem se juntar em uma tempestade perfeita para desencadeamento de uma onda de violência familiar, culminando na agressão infantil. Soma-se a isso a existência de uma limitação a grupos de apoio acessíveis a familiares. Ainda é percebido que o isolamento coloca as crianças em maior risco de negligência, bem como de abuso físico, emocional, sexual e doméstico segundo dados da Sociedade Nacional para a Prevenção da Crueldade contra Crianças (2).
CONCLUSÃO
O aumento dos casos de violência contra a criança se ampara nas consequências sociais, econômicas e psicológicas vivenciadas pelas famílias na pandemia, tornando-se um catalisador para o estresse. Dessa forma, programas fomentados pelo Estado e órgãos de amparo devem ser implementados para assistência integral familiar. Ademais, estratégias de inclusão do grupo vulnerável em situação de emergência, tendo presença do psicólogo na escuta ativa e acolhimento empático desse menor pode minimizar os danos vividos por esse grupo.
Referências bibliográficas
- Gelder N. V. et al. Reducing the risk of infection might increase the risk of intimate partner violence. EClinicalMedicine, n.21, 2020.
- Sociedade Nacional para a Prevenção da Crueldade contra Crianças (NSPCC). Coronavírus (COVID ‐ 19) e mantendo as crianças protegidas contra abusos. Sociedade Nacional para a Prevenção da Crueldade contra Crianças (NSPCC). (2020).