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PERÍCIA MÉDICA: VERDADE ABSOLUTA

Os autores informam não haver conflito de interesse.

Rogério Maciel Nobre

Lattes: http://lattes.cnpq.br/9836068184172999

INTRODUÇÃO

Espera-se que o perito médico se debruce na literatura e responda questionamentos das demandas judiciais com base na esperada verdade científica. Afinal, as partes trazem os seus posicionamentos e os defendem como se verídicos fossem. THOMAS KUHN, americano de Ohio, estabeleceu que a ciência, ainda que racional e controlada é construída por fases. A ciência “normal” é sustentada com o que chamou paradigma promovendo uma fase de acomodação dos conceitos até então estudados acumulados de descobertas anteriores e definidos. Porém, até que ponto os conceitos são de fato uma verdade. O presente trabalho pretende analisar, à luz da teoria de KUHN, os limites dessa verdade construída.

MÉTODO

O trabalho se desenvolve com uma pesquisa explicativa, de natureza básica, com abordagem qualitativa. Trata-se de promover a conscientização dos profissionais que procuram a verdade através da ciência, acerca da construção e dos significados à luz da teoria do paradigma de KUHN. Através de levantamento bibliográfico o trabalho apresenta o pensamento do consenso, procurando demonstra os vieses que interferem significativamente na construção da verdade científica.

CONCLUSÃO

Os paradigmas possibilitam o advento do consenso, exercendo um papel regulador no desenvolvimento da pesquisa científica. Resolvem desafios ou quebra- cabeças, o que é visível nas revistas especializadas bem como nos manuais acadêmicos sobre os fundamentos da prática científica. Todavia, a instalação de anomalias, contribui para a mudança de paradigmas. Filósofos da ciência concordam que ela não tem o significado de verdade absoluta. É importante para o perito médico a conscientização de que a verdade científica, ainda que racional, é digna de ponderação.


Referências bibliográficas

  1. Kuhn, T S estrutura das revoluções científicas. 12 ed. São Paulo:  Perspectiva, 2013.
  2. Martins, A M. Incomensurabilidade e Holismo em T.S. Kuhn. Revista Filosófica de Coimbra. Vol 2, 1993, P. 65-84.