Os autores informam não haver conflito de interesse.
Victória de Carvalho (1)
Júlia Baldo Ortega (1)
Marieli Fátima Coletti (1)
Éric Edmur Camargo Arruda (1)
Carmen Silvia Molleis Galego Miziara (1)
(1) Universidade Nove de Julho. Mauá, SP.
e-mail: carvalho.victoria@uni9.edu.br
INTRODUÇÃO
Em dezembro de 2019, em Wuhan, na China, foi descoberto um novo tipo de Coronavírus que afeta principalmente o aparelho respiratório, detém de alta taxa de disseminação e óbito. O intuito deste trabalho é analisar a morbimortalidade de médicos pela COVID-19, e a relação com idade, sexo e área de atuação.
MÉTODO
Revisão de literatura utilizando descritores como “physicians deaths”, “COVID-19 deaths” e “COVID-19” em revistas médicas como The Lancet, New England Journal of Medicine e JAMA Network, de abril de 2020 até outubro de 2020, sendo encontrados 18 artigos sobre o tema.
MARCO CONCEITUAL
Mortes de médicos pela Covid-19.
RESULTADOS
Os profissionais da saúde, como médicos, são grupo de risco, em especial homens, com comorbidades e acima de 60 anos de idade (63,5 anos em média), pela pesquisa realizada por Karthikeyan P. Iyengar publicada na revista Elsevier em setembro de 2020. O México tem sido apontado como o país com maior índice da mortalidade de médicos, muito associado a não disponibilização de equipamentos de proteção individual (EPIs) ou à demora em se fazer o diagnóstico, segundo a publicação de David Agren à revista The Lancet em setembro de 2020. No Brasil, em outubro de 2020, o Conselho Federal de Medicina informou que 410 médicos tinham morrido em decorrência da Covid-19, sendo São Paulo (58), Pará (51) e Rio de Janeiro (50) os estados com mais vítimas. Estudo mostra que nos Estados Unidos da América a porcentagem de morte de médicos (3%) é inferior à de profissionais de enfermagem (29%), de acordo com Bridget M. Kuehn para a revista JAMA de novembro de 2020. Dentre as especialidades médicas houve variação de acordo com o país. Na Itália foram médicos que atuavam em serviço de urgência e emergência, clínica geral e anestesia; e na Índia foram clínica médica, emergências, pneumologia, cirurgia e otorrinolaringologia, conforme o artigo da Karthikeyan P. Iyengar de setembro de 2020 à revista Elsevier.
CONCLUSÃO
Conforme o exposto, conclui-se que os principais fatores de risco associados a maior taxa de mortalidade de médicos são o sexo masculino, idade superior a 60 anos e a presença de comorbidades. Quanto às especialidades mais descritas foram as de clínica médica e serviços de urgência e emergência.
Referências bibliográficas
- Agren D. Understanding Mexican health worker COVID-19 deaths. WORLD REPORT. The Lancet. V.396, p.807 Setembro, 2020; Disponível em: <https://www.thelancet.com/action/showPdf?pii=S0140-6736%2820%2931955-3>. Acesso: 10 de novembro de 2020.
- Iyengar K et al. COVID-19 and mortality in doctor. Diabetes & Metabolic Syndrome: Clinical Research & Reviews; V.14, p. 1743 – 1746; setembro, 2020. Disponível em: <https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/40858/2/Picot_Stephane%20Picot_IOC_2 020COVID19.pdf.>. Acesso em: 11 novembro de 2020.
- Kuehn B. COVID-19 deaths among US clinicians. JAMA; V.324, p.1819; novembro, 2020. Disponível em: <https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2772772>. Acesso em: 11 novembro de 2020.
- Memorial dos Médicos que se Foram. Conselho Federal de Medicina, 2020. Disponível em: <https://sistemas.cfm.org.br/memorial/>. Acesso em: 04 novembro de 2020.