Os autores informam não haver conflito de interesse.
Sérgio Nascimento Pereira (1,2)
Juari Soares de Carvalho (3)
(1) Universidade Estadual do Oeste do Paraná UNIOESTE
(2) Faculdade Assis Gurgacs FAG. Cascavel, PR.
(3) Instituto Médico Legal de Cascavel.
e- mail: sergimed_@terra.com.br
INTRODUÇÃO
Nas autópsias, para remoção do cérebro é realizado uma incisão no couro cabeludo no sentido bimastóide vertical e após o afastamento e rebatimento do couro cabeludo a porção superior do crânio fica exposta. Nos Institutos Médico Legais são empregados diversos instrumentos para realizar a craniotomia, desde a conhecida serra de necrópsia que realiza um movimento oscilatório para cortar a díploe óssea, como serrotes para madeira, arcos de serra para cortar ferro e serras sabre elétricas. Em muitas ocasiões tais instrumentos são impróprios para a realização da necrópsia pois não são ergonômicos para o auxiliar de necrópsia ou mesmo para o médico e liberam partículas de aerosóis para o ambiente, contaminando-o com substâncias biológicas e não permitindo a retirada da massa encefálica intacta e deixando artefatos que comprometem a interpretação médica.
MÉTODO
Através da análise observacional de várias máquinas e equipamentos utilizados para a realização das craniotomias nas autópsias, assim como a observando da realização de procedimentos neurocirúrgicos, buscou-se encontrar um equipamento de baixo custo e que pudesse ser empregado nas autópsias e que possibilitasse a realização das craniotomias, para acessar melhor o encéfalo.
MARCO CONCEITUAL
Verificou-se que o craniótomo neurocirúrgico é o equipamento que foi desenvolvido para atender os neurocirurgiões com a finalidade de promover a craniotomia adequada. Tem como principal ponto negativo, ser um equipamento de alto custo. Tem como fundamentos básicos a alta rotação, pois a fresa gira acerca de
60.000 rotações por minuto, impulsionada por uma turbina de ar comprimido, as fresas de corte são de uso único e descartáveis e o tamanho é reduzido.
RESULTADOS
Baseado nas premissas anteriores encontrou-se uma máquina conhecida como serra de broca, utilizada para promover o corte de vários tipos de materiais como o gesso, a madeira, o reboco, etc. e são de baixo custo. Tais máquinas com pequenas adaptações como a substituição de algumas peças plásticas por suportes de aço inox 306, favorecem a higienização e adequação para uso em autópsia.
CONCLUSÃO
A substituição das serras atualmente empregadas para abertura dos crânios, por serras de brocas é medida ergonômica que favorece a redução da dispersão de aerossóis pela possibilidade de aspiração e facilita o trabalho.
Referências bibliográficas
- Prestes Junior, L C e Ancillotti, R V. Manual de Técnicas em Necrópsia Médico-Legal. 2ª Edição. – Rio de Janeiro: RUBIO, 2019. Finkbeiner, Walter E., URSELL, Philip C. e DAVIS, Richard L. Autópsia em Patologia– Atlas e Texto. 1ª Edição. São Paulo: Roca, 2005.