Os autores informam não haver conflito de interesse.
PREVALENCE OF WORK-RELATED MENTAL DISORDERS IN BRAZIL: A PRE AND POST-PANDEMIC COMPARISON
Maria Clara Monteiro de Souza Lima (1)
http://lattes.cnpq.br/3893808247621643 – https://orcid.org/0000-0003-4612-8854
Anna Beatriz Vilas Boas Moreira (2)
http://lattes.cnpq.br/1143172423308184 – https://orcid.org/0000-0002-5801-0127
Daniel Nascimento Machado (3)
http://lattes.cnpq.br/4949761837300661 – https://orcid.org/0000-0003-1831-7092
Raul Coelho Barreto Filho (4)
http://lattes.cnpq.br/8529953227983297 – https://orcid.org/0000-0002-3628-6018
(1) Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Faculdade de Medicina, Salvador-BA, Brasil. (autor principal)
(2) Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Faculdade de Medicina, Salvador-BA, Brasil. (autor secundário)
(3) Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Faculdade de Medicina, Salvador-BA, Brasil. (autor secundário)
(4) Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Faculdade de Medicina, Salvador-BA, Brasil. (orientador)
Email: mariaclamonteiro@hotmail.com
RESUMO
Introdução: Transtornos mentais relacionados ao trabalho são frequentes e repercutem não só na atividade laboral, como na qualidade de vida do indivíduo. Durante a pandemia de COVID-19 – com início em 2019, houve mudanças no que tange ao comportamento da sociedade em relação à sua atividade laboral – a exemplo do isolamento social e do teletrabalho – que trouxeram incertezas na dinâmica de trabalho da maioria dos profissionais e funcionaram como um dos fatores que influenciaram o surgimento de transtornos mentais na população do Brasil (1). Nesse escopo, fica evidente a importância de avaliar a prevalência desses transtornos em uma comparação pré e pós-pandêmica. Material e método: Estudo descritivo, transversal, através da coleta de dados utilizando a plataforma DATASUS, utilizando os dados disponíveis referentes aos anos de 2018 a 2021. Objetivo: Descrever a prevalência anual dos transtornos mentais relacionados ao trabalho no Brasil, a partir da comparação de dados dos anos de 2018 a 2021. Ademais, expor se houve aumento da prevalência no ano do início da pandemia (2019), em relação ao período pré-pandêmico (2018), e se a tendência de aumento persistiu no que se refere ao período pandêmico (2019 e 2020) e pós pandêmico (2021). Resultados: Entre 2018 e 2021, houve um total de 7337 casos. Destes, 1812 (24,7%) foram registrados em 2018, 2378 (32,4%), em 2019, 1343 (18,3%) em 2020 e 1804 (24,6%) em 2021. Dessa forma, comparando por períodos: de 2018 para 2019, os casos aumentaram de 1812 para 2378, o que representa um aumento percentual de 31,2%. De 2019 para 2020, os números registrados caíram 43,5% e, de 2020 para 2021, foi observado um novo aumento correspondente a 34,3%. Discussão: Esta análise evidenciou que o maior aumento percentual ocorreu de 2020 para 2021, período de transição entre o teletrabalho e o trabalho em ambiente físico. Além disso, no ano em que o teletrabalho foi instaurado em decorrência da pandemia (2019), também houve um aumento considerável no número de casos. Conclusão: Dos 7.337 casos totais, o ano com maior número de casos de transtornos mentais relacionados ao trabalho no Brasil foi 2019, momento de início da pandemia no país, fator que promoveu alteração na dinâmica trabalhista brasileira. Entretanto, foi possível concluir que o período pós pandêmico (2021), em relação ao número de casos, teve prevalência semelhante ao período pré-pandêmico (2018), com um aumento de 34,3% relativamente ao ano de 2020. Tal conclusão foi possível visto que houve, também, um declínio de 43,5% dos casos, quando comparados os anos de 2019 e 2020.
Palavras-chave: transtornos mentais, teletrabalho, COVID-19.
ABSTRACT
Introduction: Work-related mental disorders are frequent and affect not only the work activity, but also the individual’s quality of life. During the COVID-19 pandemic – which began in 2019, there were changes in terms of society’s behavior in relation to its work activity – such as social isolation and teleworking – which brought uncertainties in the work dynamics of most professionals and functioned as one of the factors that influenced the emergence of mental disorders in the Brazilian population.(1) In this context, the importance of assessing the prevalence of these disorders in a pre- and post-pandemic comparison is evident. Material and method: Descriptive, cross-sectional study through data collection using the DATASUS platform, using available data for the years 2018 to 2021. Objective: To describe the annual prevalence of work-related mental disorders in Brazil, from the comparison data for the years 2018 to 2021. In addition, expose whether there was an increase in prevalence in the year of the beginning of the pandemic (2019), in relation to the pre-pandemic period (2018), and if the upward trend persisted with regard to the pandemic period (2019 and 2020) and post-pandemic period (2021). Results: Between 2018 and 2021, there were a total of 7337 cases. Of these, 1812 (24.7%) were registered in 2018, 2378 (32.4%) in 2019, 1343 (18.3%) in 2020 and 1804 (24.6%) in 2021. Thus, comparing by periods: from 2018 to 2019, cases increased from 1812 to 2378, which represents a percentage increase of 31.2%. From 2019 to 2020, the registered numbers fell by 43.5%, and from 2020 to 2021, a new increase corresponding to 34.3% was observed. Discussion: This analysis showed that the highest percentage increase occurred from 2020 to 2021, a transition period between telecommuting and working in a physical environment. In addition, in the year of the greatest spread of COVID-19 (2019), there was also a considerable increase in the number of cases.Conclusion: of the 7,337 total cases, the year with the highest number of cases of work-related mental disorders in Brazil was 2019, when the pandemic began in the country, a factor that promoted changes in Brazilian labor dynamics. However, it was possible to conclude that the post-pandemic period (2021), in relation to the number of cases, had a similar prevalence to the pre-pandemic period (2018), with an increase of 34.3% compared to the year 2020. This conclusion was possible since there was also a decline of 43.5% of cases, when comparing the years 2019 and 2020.
Keywords: mental disorders, teleworking, COVID-19.
1. INTRODUÇÃO
Consoante a Organização Mundial de Saúde (OMS), “A saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade” (2). Nessa perspectiva, após o surgimento do vírus COVID-19, o SARS-CoV-2, em Wuhan (China), houve uma disseminação mundial do patógeno, sendo registrado em fevereiro de 2020 o primeiro caso confirmado no Brasil. A partir daí, o número de casos e de óbitos decorrentes da infecção pelo coronavírus aumentou significativamente (3).
Nesse contexto, foram adotadas medidas de precauções visando à proteção da saúde pública, na tentativa de conter a rápida disseminação do vírus, a exemplo do uso obrigatório de máscaras faciais, distanciamento social, cancelamento de eventos, fechamento de escolas/universidades e da maioria dos locais de trabalho (com exceção dos serviços de saúde, imprensa, alimentação e bens primários). Sob a ótica psicopatológica, o isolamento social reduziu as interações sociais cotidianas e o contato físico, o que se configurou como fator de risco para o surgimento de transtornos mentais, como esquizofrenia e depressão, sendo agravado, também, pela insegurança em relação às finanças e pela possibilidade de morte de um amigo ou de um familiar (4).
Durante a pandemia, houve a paralisação de atividades não essenciais, como era o caso de muitas atividades laborais, que migraram para a modalidade on-line e em casa. Dessa maneira, isso exigiu uma adaptação dos indivíduos no que tange aos novos hábitos de higiene e protocolos sanitários rígidos, incluindo o distanciamento social (4). Essa modalidade, no entanto, retirava os trabalhadores da condição de trabalho prévia e os levava ao mínimo convívio físico possível, condição que levou ao aumento da probabilidade do desenvolvimento ou manutenção de transtornos mentais relacionados ao trabalho (5). Há, ainda, evidências de que, em pacientes infectados com o COVID-19, os sintomas de ansiedade e depressão são visíveis após 4 meses da fase aguda da doença (6), mostrando que tais transtornos mentais podem ter duração prolongada e, consequentemente, podem impactar diretamente na dinâmica laboral.
Portanto, é notório que transtornos mentais relacionados ao trabalho são frequentes e repercutem não só na atividade laboral, como na qualidade de vida do indivíduo. Durante a pandemia de COVID-19, houve mudanças no que tange ao comportamento da sociedade em relação à sua atividade laboral – a exemplo do isolamento social e do teletrabalho – que trouxeram incertezas na dinâmica de trabalho da maioria dos profissionais e funcionaram como um dos fatores que influenciaram no surgimento de transtornos mentais na população do Brasil (5). Nesse escopo, o presente estudo tem como objetivo avaliar a prevalência dos transtornos mentais em uma comparação pré e pós-pandêmica.
2. MATERIAL E MÉTODO
Trata-se de um estudo descritivo observacional, transversal, realizado através da coleta de dados secundários disponíveis na plataforma DATASUS, referentes aos anos de 2018 a 2021. O período pré-pandêmico foi compreendido entre os anos de 2018 e 2019, enquanto o pandêmico foi 2020 e o pós-pandêmico, 2021. Foi feita a análise da seção “Doenças e Agravos de Notificação – 2007 em diante” do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação”, por meio da seleção do tópico “Transtorno mental relacionado ao trabalho”. No total, constataram-se 7337 casos considerados para o presente estudo.
3. RESULTADOS
Entre 2018 e 2021, houve um total de 7337 casos. Destes, 1812 (24,7%) foram registrados em 2018, 2378 (32,4%), em 2019, 1343 (18,3%) em 2020 e 1804 (24,6%) em 2021. Dessa forma, comparando por períodos: de 2018 para 2019, os casos aumentaram de 1812 para 2378, o que representa um aumento percentual de 31,2%. De 2019 para 2020, os números registrados caíram 43,5% e, de 2020 para 2021, foi observado um novo aumento correspondente a 34,3% (GRÁFICO 1). (6)
4. DISCUSSÃO
O presente estudo evidenciou que o maior aumento percentual em relação ao número de transtornos mentais ocorreu de 2020 para 2021 (Gráfico 1), momento de transição entre os períodos pandêmico e pós pandêmico considerados. Tal período, em que o vírus havia sido identificado pela OMS como circulante, compreendeu, ainda, a mudança gradativa do trabalho em ambientes físicos para o teletrabalho (1), o que se associou ao crescimento no número de casos reportados de transtornos mentais.
A Fundação Getúlio Vargas (FGV), em 2020, divulgou dados de uma pesquisa realizada no contexto da pandemia que evidenciou uma queda de 20,1% nos segmentos de trabalho formal e informal, ao mesmo tempo em que a desigualdade social, um contexto difícil de ser aferido quantitativamente, mas que pode ser medido pelo índice Gini, aumentou 2,82% (8), fatores que estão correlacionados ao contexto biopsicossocial dos indivíduos. Sendo assim, a renda dos menos favorecidos apresentou uma queda de 27,9%, enquanto a renda dos 10% mais ricos caiu 17,5%. As classes representadas pelos indígenas, analfabetos e os jovens entre 20 e 24 anos foram os grupos sociais que mais perderam renda na pandemia, principalmente pela redução dos postos de trabalho, fator que afetou de modo mais direto as mulheres, sobretudo aquelas que não tiveram condições de trabalhar de casa (9).
Os impactos financeiro e biopsicossocial são devastadores para as comunidades menos favorecidas economicamente e, assim, culminam nos impactos da pandemia na saúde, sobretudo na saúde mental (10). Com isso, essa redução na renda dos trabalhadores, durante o período pandêmico, foi responsável por exercer influência na dinâmica financeira no período pós pandêmico, o que estava correlacionado ao aumento do número de casos reportados de transtornos mentais nesse período, o que também pode ser observado, por meio de um crescimento linear, a partir do ano de 2020, no Gráfico 1.
Nesse cenário de reduções da renda e de postos físicos de trabalho, muitos indivíduos tiveram que adaptar seu contexto social às medidas de contenção do coronavírus, com destaque para o isolamento social, que tinha como objetivo principal a tentativa de proteger as pessoas de se infectarem e, consequentemente, de desenvolverem sintomas relacionados à infecção. Entretanto, essas medidas foram relacionadas a muitas doenças psicossomáticas, porque, em decorrência do distanciamento social, as pessoas desenvolveram sintomas que mimetizavam quadros de infecção e ansiedade generalizada (5).
Já em relação ao acometimento pela infecção, os sintomas gerados por uma infecção do COVID-19 podem durar por meses após a recuperação do indivíduo (síndrome pós-COVID-19) e há evidências de prevalência de transtornos de sono, ansiedade e depressão após a doença aguda. (referência do sono 4 meses depois). Nesse sentido, é possível notar que não só os fatores sociais implicam no aumento de transtornos mentais, como o próprio contexto pandêmico e a possibilidade de infecção aumentam essa possibilidade, podendo levar a consequências negativas, no que tange à saúde mental e à qualidade de vida dos indivíduos acometidos.
Destacam-se, também, as pessoas que têm um histórico prévio de transtornos mentais ou pessoas que têm uma pré-disposição para desenvolvê-los. Nesses casos, verifica-se de acordo com análises que, os brasileiros com diagnóstico prévio de depressão, por exemplo, se tornaram mais vulneráveis nesse contexto pandêmico com piora da sua saúde mental (11). Portanto, se os trabalhadores, de uma maneira geral, foram impactados diante das circunstâncias observadas acima, esses que possuem um pré-histórico de transtornos mentais merecem uma atenção especial, por serem mais susceptíveis a tais doenças.
Outrossim, a necessidade de profilaxia contra os transtornos mentais pode ser entendida quando fica claro que os transtornos mentais são comorbidades comuns associadas a doenças cardiovasculares, metabólicas e algumas infecciosas. Além disso, com a perda de empregos e renda, tal fato se torna um facilitador para a redução da adesão de tratamento, principalmente por fatores financeiros (12). Por fim, fica evidente que a pandemia não só distanciou as pessoas fisicamente e as ordenou a reestabelecer sua rotina baseada em teletrabalho, mas intensificou a distância pré-existente para aqueles mais vulneráveis, seja economicamente ou psicologicamente, fato que agravou as condicionantes sociais de saúde (5).
5. CONCLUSÃO
Dos 7.337 casos totais, o ano com maior número de casos de transtornos mentais relacionados ao trabalho no Brasil foi 2019, momento de início da pandemia no país, fator que promoveu alteração na dinâmica trabalhista brasileira. Entretanto, foi possível concluir que o período pós-pandêmico (2021), em relação ao número de casos, teve prevalência semelhante ao período pré-pandêmico (2018), com um aumento de 34,3% relativamente ao ano de 2020. Tal conclusão foi possível visto que houve, também, um declínio de 43,5% dos casos, quando comparados os anos de 2019 e 2020.
Referências bibliográficas
- Barbosa ALNH, et al. MERCADO DE TRABALHO E PANDEMIA DA COVID-19: AMPLIAÇÃO DE DESIGUALDADES JÁ EXISTENTES?. Repositório IPEA [Internet]. 2020 Jul 01 [cited 2022 Aug 25]:1-10. Available from: http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/10291/2/BMT_69_mercado_de_trabalho.pdf
- Gaino, Loraine Vivian; Souza, Jacqueline de; Cirineu, Cleber Tiago; Tulimosky, Talissa Daniele. SMAD, Rev. eletrônica saúde mental alcool drog ; 14(2): 108-116, jan.-mar. 2018.
- World Health Organization. Coronavirus disease (COVID-19) pandemic [Internet]. World Health Organization. 2022. Available from: https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019
- Both LM, Zoratto G, Calegaro VC, Ramos-Lima LF, Negretto BL, Hauck S, Freitas LHM. COVID-19 pandemic and social distancing: economic, psychological, family, and technological effects. Trends Psychiatry Psychother. 2021 Apr-Jun;43(2):85-91. doi: 10.47626/2237-6089-2020-0085. Epub 2021 May 21. PMID: 34043896; PMCID: PMC8317552.
- Barbosa ALNH, et al. MERCADO DE TRABALHO E PANDEMIA DA COVID-19: AMPLIAÇÃO DE DESIGUALDADES JÁ EXISTENTES?. Repositório IPEA [Internet]. 2020 Jul 01 [cited 2022 Aug 25]:1-10. Available from: http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/10291/2/BMT_69_mercado_de_trabalho.pdf
- Mario H B et al. Saúde do sono e o padrão circadiano de atividade e repouso quatro meses depois da COVID-19. J Bras Pneumol. 2022; 48(2)
- DATASUS: tabnet [Internet]. Brasil: Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan Net; [entre 2018 e 2021] [cited 2022 Aug 25]. Available from: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/transmentalbr.def
- FGV Social lança a pesquisa: Efeitos da pandemia sobre o mercado de trabalho brasileiro [Internet]. Centro de Políticas Sociais. 2020 [cited 2023 Feb 14]. Available from: https://cps.fgv.br/destaques/fgv-social-lanca-pesquisa-efeitos-da-pandemia-sobre-o-mercado-de-trabalho-brasileiro
- Sena MC de, Silva G da, Silva AF da, Bastos PRH de O. OS EFEITOS DA PANDEMIA NA EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO BRASIL. Lex Cult Revista do CCJF. 2021;5(1):107–19.
- Castro-De-araujo L f.s., Machado D b. Impact of covid-19 on mental health in a low and middle-income country. Ciencia e Saude Coletiva [Internet]. 2020 [cited 2020 Jul 10];25:2457–60. Available from: https://eds.b.ebscohost.com/eds/detail/detail?vid=2&sid=9d13078d-e901-446e-aeac-6629204f6b09%40sessionmgr101&bdata=JmF1dGh0eXBlPXNzbyZjdXN0aWQ9czUwOTkxMTgmc2l0ZT1lZHMtbGl2ZSZzY29wZT1zaXRl#AN=edselc.2-52.0-85086152944&db=edselc
- Garrido RG, Rodrigues RC. Restrição de contato social e saúde mental na pandemia: possíveis impactos das condicionantes sociais. Journal of Health & Biological Sciences. 2020 Jun 22;8(1):1.
- Marilisa B A B et al. Relato de tristeza/depressão, nervosismo/ansiedade e problemas de sono na população adulta brasileira durante a pandemia de COVID-19. Epidemiol. Serv. Saúde. 2020; 29(4).