O texto busca evidenciar a relação entre a atividade laboral dos motoristas de ônibus e a lombalgia, destacando as causas musculoesqueléticas como uma das mais prevalentes repercussões do trabalho. Utilizando revisão bibliográfica e dados do NTEP, o objetivo é analisar fatores como longas horas de trabalho, ergonomia inadequada e vibração dos veículos que contribuem para essa condição de saúde.

Resumos

ESTABELECIMENTO DE NEXO CAUSAL DE TRABALHO DE LOMBALGIA EM MOTORISTAS DE ÔNIBUS

Larissa Turim Alves (1)

Anna Carolina Saporito (1)

Renan Wiliam Sperandio Silva (1)

Daniele Muñoz Gianvecchio (1)

Daniel Romero Muñoz (1)

(1) Faculdade de Ciências Médicas de Santos

INTRODUÇÃO: As causas musculoesqueléticas são uma das mais prevalentes repercussões do trabalho. Entre elas pode se destacar a lombalgia, causa tão frequente de visitas ao Pronto Socorro, absenteísmo no trabalho, afastamentos e até aposentadorias devido possíveis sequelas e limitações. As longas horas trabalhadas e ergonomia inadequada, além da relação com a vibração dos veículos, e também condições de vida além do expediente, são fatores importantes de contribuição para essa doença.

METODOLOGIA: Realizada revisão bibliográfica de literatura pertinente e dados do NTEP ( Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário).

MARCO CONCEITUAL: Objetivo de evidenciar a relação entre a atividade laboral dos motoristas de ônibus e a lombalgia.

RESULTADOS: Conclui-se que há relação de nexo causal da lombalgia em motoristas de ônibus, tanto por evidências científicas diversas e também por dados da tabela do NTEP, que associa a atividade da empresa com possíveis doenças ocupacionais apresentadas pelo trabalhador, fazendo automaticamente o cruzamento de informações e estabelecendo nexo causal da doença com o trabalho referido.

CONCLUSÃO: Melhores condições de trabalho, de vida e melhor ergonomia poderiam potencialmente contribuir para redução da incidência desta e de outras desordens musculoesqueléticas em trabalhadores desta classe, além de um efetivo programa educacional, uma vez que fatores não associados com o trabalho também podem contribuir para lombalgia, como o sedentarismo.


Referências bibliográficas

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