Ismar Andrade da Silveira Neto (1)
Kleuber Arias Meireles (1)
Leticia Alves Rodrigues de Azevedo (1)
Filipe da Silva Barbosa (1)
Ana Luiza Lacerda Mari (1)
Marcelo Mari de Castro (2)
(1) Centro Universitário de Belo Horizonte
(2) Instituto Médico Legal Dr André Roquette – Belo Horizonte
INTRODUÇÃO: A intoxicação por monóxido de carbono (CO) é comum na patologia forense, sendo frequentemente observada após consumo de álcool e certas drogas farmacêuticas. Mesmo com a diminuição das incidências devido a fontes diversificadas de aquecimento, o CO continua representando riscos letais, principalmente devido à combustão incompleta de materiais com carbono, como o uso de gás de carvão em residências e incêndios. O CO é um gás incolor, inodoro e tóxico que afeta o corpo humano através da formação de carboxihemoglobina (COHb), prejudicando o transporte de oxigênio pelos tecidos. Isso leva a danos cardiovasculares, respiratórios e neuropsiquiátricos.
RELATO DE CASO: Dois corpos foram encontrados em um chalé, exibindo sinais de início de decomposição. Ambos apresentavam coloração rosada nas conjuntivas e pele, além de indícios de asfixia por CO, como hipóstases e coloração rosada em músculos e sangue. Exames complementares detectaram carboxiemoglobina a 39% e 40% nos corpos masculino e feminino, respectivamente.
DISCUSSÃO: O CO prejudica o transporte de oxigênio, e a exposição varia conforme idade, gênero e saúde. Mulheres grávidas e idosos são mais vulneráveis, assim como fumantes e indivíduos com doenças. A saturação de COHb afetada por múltiplos fatores torna a interpretação de resultados toxicológicos complexa.
CONCLUSÃO: O estudo enfatiza a importância do conhecimento sobre mortes por CO, ressaltando o risco em ambientes mal ventilados. A conscientização é vital, com necessidade de programas educativos para profissionais de saúde e público em geral. Identificação precoce dos sintomas e prevenção são cruciais para evitar mortes por intoxicação por monóxido de carbono.
