Gianna Emanuella Sales Tavares Rocha (1)
Ingrid Ferreira Alves (1)
Zacchia Hayvolla Fernandes Marinho de Araújo (1)
Marina Suênia de Araújo Vilar (1)
Daniela de Araújo Vilar (1)
(1) Centro Universitário Unifacisa
O suicídio é um fenômeno complexo que está aumentando no Brasil e no mundo e, uma das principais formas de suicídio é a intoxicação por substâncias exógenas. A pandemia COVID-19 e o isolamento social desencadearam vários fatores de vulnerabilidade para o suicídio. Sendo assim, esse trabalho teve como objetivo analisar quais as principais substâncias envolvidas nos casos de suicídio periciados no Instituto de Polícia Científica de Campina Grande no período de 2018 a 2021, e verificar se houve alteração do perfil epidemiológico durante a pandemia COVID-19. Foi realizada uma pesquisa descritiva com abordagem quantitativa e análise documental. Foram analisados todos os registros de óbitos de suicídio por intoxicação exógena registrados no Núcleo de Laboratórios Forenses. Nos anos de 2018 a 2019 foram registrados 54 casos de suicídio, já nos anos de 2020 a 2021 foram 53 casos. O sexo masculino foi o que teve maior número de casos dentro do período analisado, com 59,26% em 2018/2019 e 60,78% em 2020/2021. A faixa etária com maior prevalência foi de 26-40 anos, com 40,73% em 2018/2019 e 41,51% em 2020/2021. A classe de substância mais usada nos anos de 2018/2019 foram os agrotóxicos e a substância mais usada foi o Carbofuran, já nos anos de 2020/2021 a classe de substância mais usada foi a dos psicotrópicos e a substância mais usada foi a Carbamazepina. A partir dos resultados, pode-se observar um aumento significativo nos casos de suicídio, nenhuma mudança no perfil epidemiológico das vítimas e um aumento no uso de psicotrópicos nos casos.